sábado, 28 de julho de 2012

Olá, esta sou eu !

 Tu achas que eu sou perfeita mas, eu não sou. Meu amor, tu desconheces tanto de mim, eu nunca fui uma princesa. Os saltos altos também são traiçoeiros. Eu nunca tive uma coroa, nunca gostei de vestidos compridos, largos e arrojados. Sempre fui provocadora, sempre gostei de vestido acima do joelho, de maquiagem e batom vistoso. Já gritei no meio da rua onde criei um repentino pânico, já fiz coisas onde todos me apontaram o dedo e me chamaram louca. Eu não sou delicada e muito menos frágil. Eu já me meti em confusão. Eu já armei uma bulha, eu já bati noutras meninas. Poderia ser pior? Como vês, eu não ajo com delicadeza. Por vezes, eu exagero na bebida, eu acordo de ressaca. Tem dias em que acordo a gritar com o mundo e, outros, tão calada. Eu choro e rio sem motivo. Por vezes eu discuto sem razão e chateio quem está a meu lado. Eu consigo ser tão fria mas, ao mesmo tempo, tão doce. Eu sou confusa. Eu já menti. Eu já disse palavrões. Eu encho os meus pulmões de fumo. Nenhuma princesa faz isso e, eu faço. Eu gosto de guerra de comida, de luta na lama. Como vês, eu não sou o que sonhas, não sou o que imaginas... Eu sou assim e...
Olá, esta sou eu !

terça-feira, 24 de julho de 2012

fala-me de ti.

O tempo mais horrivel para mim é quando o teu silêncio percorre as minhas veias, é quando a indiferença tortura o meu coração. A tua ausência vagueia na minha alma atormentando o meu sono. O teu cheiro permaneceu no meu corpo como se, porventura, se tivesse entranhado nos confins do meu interior. Fala-me de ti como se por mero acaso, se tratasse do teu filme preferido. Fala-me do teu choro como se te referisses ao cântico do mar. Fala-me de ti, sem medos nem intimidades. Esta falta de ti acomodou-se na minha vida e, a tortura parece ter vindo de malas feitas como se pensasse  ficar a apanhar banhos de sol por mim. É constrangedor, não é? Entramos numa luta onde não existiram óbitos, onde não se sentiu cheiro a sangue fresco, onde todas as feridas existentes foram tratadas e curadas com a maior delicadeza, com o maior do carinho e, num ápice avistamos um tormento correndo á velocidade de um tornado. Não se trata de justiça ou injustiça, não se trata do bem ou do mal, apenas se trata de provas. Sim, provas. Porque até mesmo os maiores atletas são postos á prova todos os dias. Porque ninguém é realmente á prova de bala como se diz por aí. É fácil falar de amor, não é? E quando ele nos toca? Será que continua a ser fácil? Ele rouba as palavras quando mais precisamos delas, ele deixa-te imóvel quando o que mais queres é mover-te. Ele oferece-te lágrimas quando precisas de sorrisos por isso, alia-te a ele. Nunca vás contra, pois saírás sempre derrotado!

sábado, 7 de julho de 2012

estradas mortas.


Quantas vezes pensamos em desaparecer, apenas por uns momentos? Quantas vezes desejamos adormecer por umas horas e, fechamos os olhos com a esperança de quando os abrirmos, tudo estará mais pacífico e, quantas vezes nos desiludimos quando percebemos que afinal, tudo se mantém da mesma forma? Percebi, com várias experiências próprias que, quando tudo está escuro, fica escuro.
O mundo? Não passa de uma esfera imponente, porém, com espécies maldosas.
As estradas são cada vez mais pisadas por pés sujos. Deixamos de contemplar as estrelas e, ao invés disso, aprendemos a contemplar e aplaudir a derrota dos outros iguais a nós. A vida deveria ser chamada morte e a morte, vida. Porque é assim que correm os nossos dias, cada vez morremos mais e vivemos menos. A lei da sobrevivência parece ter sido atacada e todos nos acanhamos a isso.
Não deveriamos nós lutar? Não deveriamos vestir a capa de guerreiros e erguer a espada, dar o grito de força, fé e coragem? Não somos nós os Humanos? O ser mais forte? Então, porque deixamos morrer o nosso corpo?
A lenda diz que existe dois lugares distintos: o Céu e o Inferno. A lenda também conta que, os maus vão para o Inferno e os bons para o Céu. Se assim for, morreremos todos nas chamas!